terça-feira, 27 de agosto de 2013

Resenha de Hail To The King


Hail to the King é o sexto álbum de estúdio do Avenged Sevenfold, depois de 9 meses de composição e gravação, hoje (27 de agosto) foi lançado oficialmente.
Com uma pegada bem mais pesada que seu antecessor Nightmare, Hail to the King mostra o amadurecimento da banda em total evidência. Mostra influências muito fortes de Megadeth, Metallica, e outras influências mais sutis como de Black Sabbath e Led Zeppelin. Tem como seu ponto forte nas guitarras bem trabalhadas, com sequências distintas e progressivas. Um álbum com os solos com grandes solos. Mesmo após 13 anos de convivência, Synyster Gates e Zacky Vengeance não perderam a “química” durante as execuções conjuntas dos solos.
O vocal em quase todo álbum rasgado não deixou nenhum um pouco à desejar, M.Shadows dá seu toque leve e agressivo em todo Hail to the King, acompanhado de melodias harmoniosas e letras contagiantes tendo uma de suas melhores atuações em sua carreira.
Johnny Christ apesar de ter aparições modestas pode ser bem notado em algumas faixas, nada muito trabalhado ou extraordinário mas não chega a ser ruim, foi direto e fez o que era proposto nas canções.
A bateria de Arin Ilejay foi em sua grande parte simples mas elegante. Muitas pessoas comparam ele ao The Rev, o que é desnecessário, afinal, são bateristas excepcionais. Arin foi meio criticado por sua atuação em Hail to the King, mas ele fez o que a banda pediu à ele, e o que encaixava melhor nas músicas, não poderia ter sido diferente nessa parte.
Aqui uma análise não técnica sobre o álbum, música por música visando o melhor e o mais notável de cada uma, existirão opiniões divergentes sobre essa análise o que é normal, e com isso gerando debates, coisa que ocorreu desde quando a banda fez um streaming pelo iTunes no último dia 19, porém opiniões desrespeitosas serão ignoradas. O Deathbat Brasil não tolera qualquer tipo de agressão verbal em relação à banda ou à quem é fã, leiam e debatam, mas com respeito entre si.
Shepherd Of Fire
Talvez não há música mais indicada nesse álbum para abri-lo que “Shepherd Of Fire”, solo bem trabalhado, efeitos sombrios mesclados com som de tambores tribais sutilmente inseridos. Forte influência de Megadeth (riffs lembrando Angry Again) com letra e melodia do tipo que mesmo que você não saiba a letra vai querer acompanhar. Se encaixa perfeitamente em um jogo, rápida que incita à competitividade. Música para uma super produção futuramente de um videoclipe.
Hail to the King
Primeiro single do CD, começa com uma pegada misteriosa e um arpejo refinado e bem trabalhado. Synyster Gates manteve sua criatividade em criar seus riffs únicos, mesmo mantendo um ar mais simples mas não deixando de ser surpreendente. Zacky na base vai acompanhando Gates de forma crescente tornando a música mais convidativa. Johnny pode ser notado fazendo um pequeno solinho como se estivesse “brincando” ao tocar. M.Shadows dessa vez com o vocal menos rasgado não deixa de dar seus gritos arrepiantes, principalmente no refrão contagiante e grudento mas não à tornando enjoativa. A bateria é modesta mas muito bem executada, Arin fez o que a banda pediu à ele, mesmo assim ela lembrou muito Black Sabbath, trazendo o A7X de volta as raízes do Metal. Por fim, Syn finalizada com um solo bem empolgante, algo que te marca assim que você escuta e que fica na sua cabeça depois.
Doing Time
A faixa  “Doing Time” lembra bastante os anos 80 e 90 com uma roupagem moderna. Vocal divertido com ondas em toda sua continuidade. A bateria se destaca bastante, uma das melhores atuações de Arin Ilejay nesses 2 anos e meio com o Avenged. A música mais descontraída do álbum sem dúvida.
This Means War
Com conteúdo mais envolvente e intrigante do álbum, tendo um toque apocaliptico, e riffs sucessivos em toda música com vocal rasgado, algo que sempre esteve presente nos álbuns anteriores da banda. O ponto alto é o solo que nos remete ao metal clássico novamente de Megadeth e Metallica. Com certeza entrará na setlist dos shows da banda.
Requiem
Inicia-se com um coro em latim gregoriano o que deixa a música arrepiante e convidativa desde o início. Gates entra em sequência com um riff pesado, lembrando uma marcha. Shadows começa à cantar e ocorre o casamento perfeito entre as guitarras e o vocal, a melodia é contínua lembrando muito uma oração (o que realmente foi a intenção da canção). A bateria de Arin não se destaca muito em “Requiem”, acompanha as guitarras mas nada surpreendente, assim como o baixo de Johnny, os dois foram um apoio essencial nessa música, mas se destacaram mais em outras músicas do álbum. O solo de Gates começa acompanhado de uma orquestra, o que torna à música quase uma obra de arte sendo pintada ao vivo, uma voz ao fundo entra e dá um toque mórbido, você se sente realmente no inferno tentando escapar e rezando para que tudo aquilo acabe. O coro em latim retorna acompanhado de Gates e ZV.
Crimson Day
No início dela é impossível não relacionar à Metallica com “Nothing Else Matters”. Toque leve, vocal tranquilo conduzido de um instrumental discreto. Podemos considerar a nova “Dear God”. Sombria e apaixonante, o que não à torna triste. É a mais baladinha do álbum, simples com riff do tipo que deve emocionar ao vivo.
Heretic
Música mais parecida com “Nightmare”, inclusive se encaixaria perfeitamente nesse álbum, bem a cara do antigo Avenged Sevenfold com riffs progressivos. A bateria também se destacou bastante nessa música formando uma harmonia única. A mais discreta do álbum, porém com charme evidente o que te faz ouvi-la até o fim.
Coming Home
A música do tipo que começa e você não dá nada por ela, e quando você percebe é praticamente um show nos seus fones de ouvido. O melhor solo do álbum com uma bateria impecável dando suporte as guitarras e ao baixo que pode ser bem notado nessa música. Melhor atuação de Arin e em Hail to the King é melhor atuação de Synyster Gates e Zacky Vengeance também, um duelo de guitarras característico da banda, com vocal como sempre convidativo ao ouvinte cantar junto. Ao vivo provavelmente “Coming Home” vai fazer os fãs delirarem com uma pegada aventureira e descompromissada que a música nos remete.
Planets
Sem dúvida o ponto forte dessa música é o vocal seco e rasgado de M.Shadows, com um refrão que fica na sua cabeça, assim como “Hail to the King” (faixa single). instrumental modesto com uma orquestra muito bem inserida na canção, mais uma vez a bateria se destacou, Arin realmente se soltou nessa música, assim como Johnny que apesar de aparições consideradas modestas por alguns em grande parte do álbum se destacou bastante em “Planets”.
Acid Rain
Dividindo opiniões, uns à consideraram fraca por ser a mais calma do álbum, porém ela é consistente, leve e muito bem arranjada. Lembrando muito “Fiction” com um ar de despedida. Elegante com a presença de um piano no inicio, algo também bem característico da banda, instrumental refinado e direto dando um suporte magistral ao vocal. Excelente encerramento de álbum já feito pelo A7X.
St. James
Música bônus da verção deluxe do disco feita em homenagem ao baterista falecido James “The Rev” Sullivan, após o luto na música “So Far Away” do álbum anterior, “St James” tem o início com vozes num bar e sons de garrafas de cerveja sendo abertas,  lembrando um pouco “Dancing Dead”(faixa do Diamonds in The Rough). Nos trás um ar jovial dos tempos de início da banda, leve, descontraída, divertida. Mesmo com uma grande responsabilidade e carga emocional em cima da canção a banda soube segurar bem. Podemos escutar uma grande atuações de Synyster Gates no álbum, mesmo que discretamente, isso acabou tornando a música familiar, com um suporte na bateria sem igual. No baixo, Johnny se destacou bastante mais uma vez.

Hail to the King já é um dos grandes álbuns do ano e está sendo muito bem recebido por grande parte do público. Os holofotes estão se virando ao Avenged Sevenfold, veremos o que esse álbum trará de marcante aos fãs e admiradores da banda.  E pra quem não gostou, pegamos uma simples mensagem de Zacky Vengeance: “Fico feliz em ver pessoas que gostaram do álbum e para as que não gostaram…Eu fico feliz em saber que um dia irão gostar.”
Todos saudem os reis de Huntington Beach!

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